terça-feira, 14 de setembro de 2010

this is it!

"O último capítulo da história de um astro"
Com as palavras que dão título a este artigo, uma das emissoras de televisão brasileiras resumiu a morte de Michael Jackson – o astro pop que, nos anos oitenta, conquistou uma multidão de fãs com hits como Billie Jean e Thriller. Eu gostava de Michael e, como quase todas as pessoas, fiquei surpreso e triste com a sua morte. Talentoso, com performance excelente nos palcos, ele ocupou, por anos, as manchetes jornalísticas e, para tristeza de todos, não apenas por seus dons artísticos, mas também, e muito mais, por causa dos inúmeros escândalos em que se envolveu. Infelizmente, ainda jovem, ele se foi. E com sua morte, seus fãs perceberam uma dura realidade, que, ao que tudo indica, não quiseram perceber enquanto ele estava vivo: Michael Jackson era homem, como qualquer outro e carregava a semente pecaminosa, ínsita a toda ser humano. Com sua morte, abriu-se espaço para a reflexão. Creio que, por isso, o sábio Salomão tenha registrado que “é melhor ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois ali se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração” (Eclesiastes 7:2). Oriundo de um lar no qual a paz não reinava, Michael, com seus propalados desvios de conduta, refletiu os traumas de uma infância difícil, na qual não desfrutava do carinho paterno e não era livre para ser feliz. Apesar de ter conquistado fama e fortuna, não encontrou a felicidade que buscava e não teve competência para gerenciar as coisas boas que a vida lhe deu (pois as coisas ruins eram mais fortes que aquelas), tanto que por ocasião de sua morte estava “atolado” em dívidas . Por que teve que ser assim? Por que alguém tão querido e que proporcionou momentos de felicidade para muitos, teve que viver infeliz? Como dito, Michael Jacson – apesar de “endeusado” por muitos – era homem como todos os outros e, como tal, necessitava de Deus na sua vida. A felicidade que ele buscava não seria encontrada jamais na fama ou na fortuna. Outro ponto que chama a atenção e deve servir, também, de reflexão, sobretudo para os pais é o fato de ele não ter tido a infância que necessitava ter. Uma infância na qual o pai fosse carinhoso, presente e procurasse entender o filho. Michael não teve nada disso e, talvez por isso, vivia em busca da infância perdida. Os pais devem refletir sobre isso porque a comunhão de um homem com Deus começa quando este ainda é criança e vê, na figura paterna, um representante do Senhor no lar. Se o pai falha nesse aspecto, dificulta a comunhão entre o seu filho e Deus. O último capítulo da história de Michael Jacson foi trágico como foram quase todos os outros: pai repressor, escândalos, dívidas etc.. Entretanto, pode ser benéfico para muitos, sobretudo para a sua legião de fãs. Pode ser educativo e levar muitos à reflexão. Sua vida poderia ser diferente se Deus fosse o Senhor dela. A felicidade era possível – e é possível para todos os que a busquem em Deus. 

Como Michael Jackson, há muitos anônimos que têm as mesmas carências que ele tinha. Felizmente para estes ainda há esperança, pois estão vivos. Oro para que eles tenham a vida do pop star como lição e, como disse o sábio Salomão, apliquem os exemplos nos seus corações. Que com a morte dele seus fãs tenham entendido que a verdadeira felicidade é encontrada no Deus da vida – que quer fazê-los felizes.
Seja Abençoado(a)
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

Nenhum comentário:

Postar um comentário