“Eu não sei quantos de vocês conhecem a história de Albertine. Quero dizer, é um nome feio para um CD… A maioria de vocês ia pegar e pensar: ‘Meu Deus, que nome feio para um CD…’ E continuar andando… Mas eu estou aqui, vocês estão aqui. Porque não contar a vocês um pouco sobre isso?”

É assim que a cantora australiana Brooke Fraser começa a explicar o porquê do nome de seu CD “Albertine”.
Em 2005, Brooke foi pela primeira vez visitar Ruanda. Para quem não sabe, Ruanda é um pequeno país da África que passou por um terrível genocídio, em 1994, no qual morreram cerca de 1 milhão de pessoas. Um massacre envolvendo etnias, que não acarretou somente mortes, mas deixou marcas naquele país. Mulheres violentadas, crianças mortas ao nascer, seres humanos como eu e você que foram torturados e lutaram pra sobreviver… Fatos que marcaram a história de tutsis e hudus também.
Em sua visita à Ruanda, Brooke fez um novo amigo, Joel, que foi também seu guia pelos lugares por onde passou. No último dia de viagem, Joel levou a garota de 21 anos até uma escola. Eles cantaram e dançaram com as crianças e, pouco antes de ir embora, ele disse para Brooke que não era somente para aquilo que eles estavam ali, “tem uma menina que eu quero que você conheça”. Eles se sentaram para conversar em uma sala-de-aula e Joel disse: “Brooke, eu gosto muito de ser um homem humilde, porque eu gosto de dar o louvor a Deus. Eu não pude salvar muitas vidas no genocídio, mas pude salvar uma. Você deve voltar para o seu povo e você tem que contar para eles sobre Ruanda, e trazer ajuda… Você tem que escrever uma canção, e eu vou te dizer qual será o nome dessa canção.” Então ele apontou para a menina que estava de uniforme junto com eles e disse: “Esta é Albertine.”
Joel é um hutu, da tribo responsável pelo início do genocídio. “Ele basicamente arriscou sua vida para salvar a dessa menina tutsi, que teve toda sua família morta. Ele fez uma promessa a ele mesmo e a Deus, dizendo que preferia morrer do que assistir essa garota ser assassinada.” - conta Brooke.
Nós nos tornamos imunes ao sofrimento humano. Quer dizer, a não ser que esse sofrimento nos atinja, claro. Vivemos em uma sociedade tão egoísta e louca para sentir prazer a qualquer custo que esquecemos como é chorar pela dor de outra pessoa. Esquecemos o que é orar por outra pessoa que não seja nós mesmos
Nós nos tornamos imunes ao sofrimento humano. Quer dizer, a não ser que esse sofrimento nos atinja, claro. Vivemos em uma sociedade tão egoísta e louca para sentir prazer a qualquer custo que esquecemos como é chorar pela dor de outra pessoa. Esquecemos o que é orar por outra pessoa que não seja nós mesmos
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